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Como ser bailarina no Egito Parte 4

E será que vale a pena tanto esforço e dançar no Egipto? E porque não? Aquilo que se aprende nas terras faraónicas nunca será aprendido noutro lugar, O Egipto é o berço da dança oriental. A cultura, a musica, a forma de estar, tudo se absorve quando se esta muito tempo no Cairo. Imaginem vocês chegarem do vosso trabalho e estarem em casa normalmente, e sem qualquer motivo ouvirem o som de darbouka e Oud vindos da rua, isto ao vivo, danças nublas nos casamentos ( que me fazem correr lágrimas, não me perguntem porque isso acontece), homens que dançam o Tahib em inaugurações de lojas. Assistirem a festas de henna realizadas por mulheres, dançarem e aprenderem com eles. Aprender árabe como se de crianças se tratassem, dançarem em casamentos e sentirem o calor do publico árabe. Terem a oportunidade de saber e conhecer cada ritmo árabe, letra de cada canção, palavras e atitudes típicas do Egipto que vocês acabam por absorver sem se aperceberem. Terem a honra de visitar famílias em aldeias e vos receberem de braços abertos e beijos constantes. De terem a vossa paciência testada ate ao limite e desejarem o pior para o Egipto e, 30 minutos depois o amar com a mesma intensidade. Tudo isto e muito mais, é (Bagagem) que em mais lado nenhum se obtêm. É difícil???? Sim, não é fácil. Mas se outros o fizeram, porque vocês também não o podem fazer??

Como ser bailarina no Egito Parte 3

Muito bem vocês agora dançam todas as noites, ganham o vosso salário  maravilha não é, parabéns  Agora vamos ao resto da realidade.

Pagar banda, pagar fatos, ensaios, chás para os músicos  renda, comida, senhorio, cultura,etcccccccccc. Tudo isto parece fácil, não é? Pois, mas não é, principalmente agora, se ja era mau, uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.

Embora a dança do ventre faça parte da cultura árabe  nenhuma egípcia decente o deve fazer, é uma desonra para a família. A dança significa prostituição e aqui eles, embora me pareça que eles tenham uma coisa por prostitutas (tudo é prostituta), uma bailarina é  pecado mortal. Se estão felizes por dançarem no Cairo não andem pelas ruas a lançar a boa nova aos quatro ventos, a vossa vida será transformada num simples inferno.

O senhorio provavelmente ira vos por  na rua literalmente, a policia mesmo que vocês façam alguma queixa nem vos ira ligar nenhuma, nenhum homem decente ira namorar ou casar com vocês (salvo raras excepções ), terão sim muitos gigolos a vossa perna. Terão de ser duras e por sentimentos de lado, frias em muitas situações. Assedio sexual constante dentro e fora do trabalho. Muitos trabalhos serão sugeridos mas a grande maioria em troca de favores, terão de ter muita força para enfrentar tempestades e dizer não.

A melhor forma de ser bailarina no Cairo é afastarem o mais possível o trabalho do lugar onde vivem, isto para terem um pouco de paz e acima de tudo terem paciência ancestral e força. Existem bailarinas que tem vida dupla e se o fazem é para se protegerem do óbvio  uma bailarina no Egito principalmente após a revolução é............. Alem disso, a economia no Egito esta difícil ,a mentalidade mudou e pouco trabalho existe, as que se mantém, lutam muito e não é fácil.






Como ser bailarina no Egito Parte 2

Agora que são bailarinas e começaram a ganhar o vosso salário terão obrigatoriamente de obter o cartão para pagamento de taxas ( parecido com o cartão de contribuinte), tenham o cuidado em verificar rigorosamente se a vossa entidade patronal esta a fazer os descontos. Aconteceu a muitas bailarinas isto não acontecer e estão a braços com dividas avultadas que terão de pagar e, se não o fizerem vão para a prisão. Aqui dividas é um jogo perigoso e ninguém é perdoado.

Se quiserem trabalhar em casamentos também podem fazê-lo mas vão necessitar de uma autorização,  estrangeiras só podem ter um contrato e deverão ter sempre consigo os documentos e licenças. Deverão também ter cuidado com movimentos e roupas usadas para que a policia moral não vos incomode, claro que se tiverem conexões em lugares estratégicos isto poder ser evitado.

Notem que sempre que queiram sair do Egito terão de pedir autorização a vossa entidade patronal e no regresso será sempre obrigatório o teste de HIV.




Como ser bailarina no Egito Parte 1

As bailarinas estrangeiras que chegam ao Cairo com o sonho de dançar profissionalmente no Egito, deparam-se com diversas formalidades e outras questões morais que se agravaram após a revolução  Aqui o meu intuito não é de fazer com que as bailarinas não venham, é apenas um guia, cada um é livre de decidir os seu sonhos e ambições.
Uma das primeiras condições para uma bailarina estrangeira obter licença para dançar é assinar um contrato por escrito e iniciar um longo processo burocrático para a licença que inclui a entrega do passaporte pessoal no Mogamma (edifício governamental em Tahrir ), que só pode ser levantado caso o vosso patrão concorde, ou seja, ele controla a vossa vida.
Para conseguirem um contrato será necessário reunir uma banda, encontrar um empresário e claro terão que ensaiar.  Se quiserem ser vocês próprias o manager terão que ter fluência em árabe, depois  fazer audições em barcos e hotéis cinco estrelas, ate aqui serão vocês a pagar todas as despesas ( músicos, salas de ensaio, etc...).

Conseguiram contrato PARABÉNS, agora começa a burocracia interminável, arregacem as mangas e vão a luta:


  1. 12 fotos tipo passaporte  mais o contrato assinado e terão de ir á  União dos artistas e pagar as devidas taxas
  2. Ir ao departamento de emprego para pedir permissão de trabalho  e terão que fazer teste de HIV 
  3. Depois com o vosso contrato e o papel entregue pela União dos  artistas e departamento de emprego terão de ir ao departamento de imigração
  4. Ir ao Conselho de Censura com a copia dos papeis dos departamentos atrás indicados e eles enviam os vossos documentos  para outros departamentos incluído a policia de turismo ( aonde terão que ir pessoalmente )e depois com todas a permissões devem voltar ao departamento de imigração  entregar o passaporte e receber um cartão de plástico, uma espécie de identificação pessoal.
Notem que todos os departamentos são em locais diferentes da cidade e geralmente são prédios de cair para o lado, onde raramente falam Inglês como no Mogamma, por exemplo.Devem também ter o cartão emitido pelo conselho de censura alem do cartão de plástico nas vossas mãos quando começam a trabalhar.














Eilat Festival e desaprovação no Egipto

Enquanto algumas proeminentes bailarinas árabes e turcas planeiam participar no próximo festival em Eilat, outros condenam a ideia , resultado do abuso contínuo de Israel sobe o povo palestino.


Apesar da hostilidade de longa data entre Israel e o mundo árabe, um numero de bailarinas de dança oriental  planeiam participar este mês no Festival Internacional de Dança do Ventre em  Israel.

Algumas bailarinas árabes, no entanto, condenaram  a decisão das suas colegas ao participarem  no festival.

A popular bailarina egípcia  Sama El-Masry, por exemplo, falou ao jornal Ahram Online: "Deixe-as [os participantes árabes] queimar no inferno antes de irem para lá."


De acordo com o pan-árabe site de notícias Al-Arabiya, um número de bailarinas egípcias - incluindo Fifi Abdou, Lucy e Dina - declararam  a sua recusa em participar do festival.

http://english.ahram.org.eg/NewsContent/1/64/62453/Egypt/Politics-/Arab-dancers-participation-in-Israeli-festival-dra.aspx

Bellydance Golden Days


Intellectual Edward Said met with Tahiya Carioca (1919–1999) several times. He was a big fan of her personality and art, and wrote at least two texts about her life and influence on “Eastern dance.” In one of his meetings with the iconic belly dancer, she told him: “When I danced, I felt I was entering the temple of art.”
Samia Gamal belly dancer performed in 1949’s “I Love You Only,” in which Egyptian spy Refaat al-Gammal (better known as Raafat al-Haggan) acted alongside Farid al-Atrash.

In 1949, King Farouk named Samia Gamal “the national dancer of Egypt.” She was among the most successful belly dancers, with leading roles in many films. Her most successful movie as a dancer and leading star was in 1947’s “Habib al-Omr” (The Love of My Life)

Nagwa Fouad was one of the most famous belly dancers of the 1970s and 1980s, along with Soheir Zaki. Presidents and high-profile world politicians attended their performances and were captivated by their unique styles. US Secretary of State Henry Kissinger was so fascinated by Fouad’s dancing that on one of his visits to Egypt he stood up and joined her in belly dancing.

In his memoir, “A Life Looking Forward: Memoirs of an Independent Marxist,” notable leftist scholar Samir Amin wrote about his joy to have witnessed, in the Port Said Cecil Bar in his hometown, the first steps of the woman who later became one of the country’s most iconic belly dancers. This “extraordinary dancer,” as Amin described her was Tahiya Carioca.

Almost half a century ago, rural areas were famous for a different kind of belly dancing called Ghawazi dance. This more traditional style, which is the origin of contemporary belly dance, has had little added to its repertoire from ballet, Latin American or modern Western dance. One famous belly dancer took it upon herself over the years to promote the genre and save it from dying out, attracting many Western amateurs to come learn the dance. She is Khairiyya Mazin.



 
The famous Kitty Fotsaty left the country in 1960 in mysterious circumstances. She was born in Alexandria in 1927 to a Greek family and was famous for fusing Western style dancing with the Oriental style. She danced in nearly 50 films, but she is best known and remembered for her roles and dancing scenes with film star Ismail Yassin.


 
For some critics, her life was simply a circle of struggle. Zeinat Elwy was born into a poor family with a cruel father. But, with steely determination, she chose belly dancing as a career. In her many interviews, she often told reporters that belly dancing was an art and that belly dancers should defend their careers. Her legacy included memorable dancing scenes in around 45 movies. She is also known for her attempt to struggle against the Gamal Abdel Nasser regime, which tried to impose restrictions on belly dancers, by trying to initiate a syndicate for belly dancers.