O futuro do Egito - Dezembro 2011


Após a vitória já anunciada da Irmandade Muçulmana no Egipto, todos os dias vejo cada vez mais homens com barba e mulheres veladas na rua. O futuro do meu amado Egipto avizinha-se e parece-me que não será aquilo que os revolucionários desejavam aquando da queda de Mubarak.

Numa sociedade já marcada pela religião que se tem vindo a aprofundar de ano para ano, onde a pobreza afecta cerca de 80% da população, não me surpreende os resultados. Se pararmos para pensar, a grande maioria da população já e muçulmana, ora os valores islâmicas já lhes são familiares, por isso não haverá grandes mudanças para eles. Apenas para os que levam vida de “pecado” será mais complicado assimilar as transformações sociais que se aproximam, para quem vive aqui sabe perfeitamente como funciona a sociedade egípcia e que os ensinamentos islâmicos são muito importantes para eles. SIM, existem muitos que não concordam com o extremismo, mas não quer dizer que a aplicação de algumas leis de acordo com o Sagrado Corão não sejam aceites ou até mesmo desejadas.

O problema surge quando as leis são aplicadas de forma a afectarem algumas liberdades já conquistadas, como a possibilidade de haver mulheres a trabalharem fora de casa, que se traduz num grande impacto a nível financeiro para famílias com obrigações bancárias No entanto, se o novo governo aumentar os salários para os homens concerteza a grande maioria das mulheres egípcias ficara em casa para cuidar da família, e acreditem que elas desejam isso. A mulher árabe foi criada para servir, não são emancipadas, nem almejam gerir grandes empresas, elas preferem cuidar dos seus filhos e maridos após o casamento.
Em relação a música a mesma e mais usada em festas, neste momento desde os táxis aos elevadores o Corão esta presente, até ao ligarem para o telemóvel de alguém poderá ficar a aguardar que o destinatário atenda ao som do Corão

Pelos mais variados motivos acredito que o Egipto se tornara mais religioso e conservador, embora ainda exista esperança que o mesmo realmente não aconteça ……………………….